Monday, January 22, 2007

TERRA SEM RAÍZES

Carros eléctricos
sobre pedras soltas
em tangentes sem tempo
prolongando por mais uma geração
um bocado de osso, uma pedra
propagandeada em cartazes alucinantes
contra os conspiradores da rotação.
Numa terra baldia
unindo os tambores, os tantãs de serviços
atélite de veneração, da vida
Poderei sacudir-te garganta e voz
amarrar-te ao Mastro que construíste
arruinar a colheita de maçã
Poderei aquecer o conhecimento
que tens sobre a vida
Não te esqueças que eu
vivi a faustosa civilização
engoli sem mastigar
a sua literatura açucarada
O tempo estava frio
e ele ergueu-se dum sofá morto"
E vou desmembrar grandes temas" - disse
sem enlouquecer no vazio
e sem cair na confissão
duma rua com um buraco no casaco velho do nevoeiro
E a filantropia que está no auditório
e que nos salpica de ácido dexirubonucleico?